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Foto do escritorKarla Zippel

Sobre a Criatividade - ponto de vista da Educação Parental

Atualizado: 12 de mai. de 2022

“O homem criativo não é o homem comum ao qual se acrescentou algo.

O homem criativo é o homem do qual nada se tirou”. Abraham Maslow


Criatividade é muito mais do que ter talentos artísticos ou produzir obras de arte. Criatividade é a capacidade de “combinar” e “recombinar” memórias pré-existentes de forma inovadora para resolver problemas e enfrentar desafios de toda ordem ao longo da vida.

Todo ser humano é potencialmente criativo. O repertório de memórias de longo prazo vai sendo construído a partir da interação com o meio desde o nascimento. Apesar de bem mais intenso na primeira infância, do ponto de vista do funcionamento do cérebro, este processo vai continuar ao longo de toda a vida obedecendo a mesma lógica. Quanto mais observarmos, aprendermos coisas novas e nos relacionarmos com os outros, maior será nosso repertório de memórias e, consequentemente, mais opções teremos na hora de decidir sobre nossas melhores escolhas.

Nos primeiros anos de vida, principalmente, as sensações no corpo, a “investigação” do mundo, vai dando à criança uma noção das coisas, das outras pessoas e de si mesma.

Se, ao invés de ser respeitada, ouvida, estimulada, a criança se sentir tolhida, reprimida ou criticada em suas “aventuras exploratórias”, ela pode entender que deve somente obedecer às regras e, gradativamente, abre mão de sua espontaneidade.

Quando chega à escola, reforça-se a necessidade de se “adaptar”. Em virtude disso e diante do novo grupo, a criança vai abrindo mão de sua natureza curiosa e autêntica, em nome da “boa convivência”.

Assim, temos transformado crianças curiosas e espontâneas em adultos “bem informados”, mas com dificuldades de ter opinião própria e com poucas habilidades para se relacionar socialmente e resolver problemas.

Para ajudarmos no desenvolvimento das potencialidades humanas, é necessário que haja uma reflexão responsável sobre que tipo de adultos desejamos formar; primeiro, nas famílias e, em seguida, nas escolas.

Talvez, assim, possamos garantir cidadãos (e isso nos inclui também) mais conscientes e responsáveis, com qualidades nas relações sociais, que afetarão a economia, a produtividade nas empresas, a política e a preservação dos recursos naturais no nosso Planeta.


Karla Zippel Graduada em Filosofia Pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional Especialista em NeuroEducação. Colaboradora da Escola Humana de Vida e Negócios. Instagram: @KarlaZippel12


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