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Foto do escritorGabriela Evangelista

Competição é um jogo para amadores. Colaboração é um jogo para empreendedores

Atualizado: 1 de abr. de 2021

Essa frase ecoou dentro da minha cabeça, percorreu todo meu ser até encontrar um lugar quentinho na minha alma. E lá ela ficou.


Foi lendo uma entrevista a Grazi Merlina, feita pelo Capitalismo Consciente, que me deparei com essa maravilha. A frase que causou – e causa – tanto impacto em mim é um mantra compartilhado pelos desenvolvedores da Fresh Biz Games, empresa que cria jogos com o objetivo de questionar a maneira como fazemos negócios atualmente. Ela faz parte de um movimento chamado Game Changers 500, que reúne organizações que querem transformar o jogo do mercado ao redor do mundo.


O grande dilema atual da humanidade passa pelo entendimento desse binômio: competição x colaboração. A competição é o que trazemos como herança e vício, entranhada na sociedade que escolhe o verbo “cobrar” como bandeira. Somos cobrados para aprovar em provas da escola ou faculdade, para ganhar uma vaga na empresa, para conquistar a verba daquele projeto, para criar uma família... E somos medidos por isso: Quanto você ganha? Quantos bens você possui? Quantas vezes você conseguiu viajar este ano? A régua dessa velha economia é cruel quando mira o resultado acima das consequências, porque essas mesmas consequências são sentidas pela própria sociedade que as criou, num círculo vicioso de destruição. Para sobreviver, o indivíduo se isola e se prepara para competir: para ele ganhar, outros precisam perder. É a lógica da escassez.


Essa não é nossa natureza. Se nos primórdios caçávamos para sobreviver num movimento individualista, rapidamente entendemos que a sobrevivência também dependia do unir e repartir e nos organizamos em tribos e grupos sociais onde se praticava o cuidado. A colaboração ditando regras.



Grazi Merlina, na sua fala, vai além. Ela traz à tona a miopia que vem junto com a competição: o sujeito que compete foca sua energia e atenção no outro e esquece de olhar para si, perdendo uma chance maravilhosa de se conhecer profundamente em toda sua potencialidade.


Se estamos vivendo um momento de transição com a oportunidade inigualável de repensar nossas hábitos, deixar velhas práticas para trás e abraçar um novo caminho, mais harmonioso e leve, pautado pela harmonia entre equilíbrio ambiental, viabilidade financeira e igualdade social, os líderes de hoje são o elo entre uma realidade falida de competição e uma possibilidade de uma nova vida de colaboração.


A colaboração que defendemos é interpessoal, ligada a um engajamento estratégico que une confiança, propósito e energia, um conceito lindamente explicado pela Amy Edmonson, da Harvard Business School. Mas isso é assunto para um próximo artigo...


Gabriela Evangelista - Publicitária, especialista em Cultura e Desenvolvimento Organizacional, Diretora e Designer Instrucional na Escola Humana de Vida e Negócios.

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